O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou neste mês de Fevereiro o já esperado corte no orçamento federal de 2011. O contingenciamento será de R$ 50 bilhões, equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), maior que a soma dos cortes realizados durante os oito anos de governo Lula. Uma das grandes dúvidas que ficou é com relação a quanto esta medida irá afetar as contratações planejadas por diversos órgãos públicos. Para este ano, estavam previstos concursos para, ao menos, 14,6 mil vagas.
A ministra Miriam Belchior destacou que cada pedido de seleção e convocação será avaliado com cautela. “Serão analisados caso a caso. Novas contratações serão olhadas com lupa”, disse. Por isso, para especialistas, áreas estratégicas como Polícia Federal (1.352 vagas), Polícia Rodoviária Federal (com seleção paralisada na Justiça e oferta de 750 postos) e INSS (2.500) devem ser preservadas.
“Creio que a ministra vá apenas reavaliar as prioridades. Com Copa e Olimpíadas, não há como pensar em mexer no efetivo da PF”, disse Paulo Estrella, da Academia do Concurso. No entanto, seleções na Agência Nacional de Cinema, Fundação Biblioteca Nacional e Ministério das Relações Exteriores deverão estar comprometidas.
“Se o corte for geral, haverá uma pane na máquina pública. Há uma alta previsão de aposentadorias para o ano” afirmou Maria Sombra, da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos.
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